TEXTO-FONTE - 6º Encontro (13/03/21) São Francisco, um convertido por excelência
- Frei
- 12 de mar. de 2021
- 3 min de leitura
Atualizado: 13 de mar. de 2021
2º Estágio (continuação): Da conversão espiritual: São Francisco
na viagem para a Apúlia
Legenda dos Três Companheiros, 5 e 6
De Uma Visão em Forma de Sonho
5.Poucos anos depois, um nobre da cidade de Assis prepara-se com armas militares para ir à Apúlia, a fim de aumentar lucros em dinheiro ou honra. Ao ouvir isto, Francisco aspira ir com ele e, para ser armado cavaleiro por um certo conde Gentil. Prepara vestes preciosas segundo suas posses, mas com uma largueza mais profusa, embora mais pobre em riquezas que seu concidadão.
Certa noite, enquanto se entregava com toda deliberação a executar seus planos e ardia em desejo de empreender a viagem, é visitado pelo Senhor, que por uma visão atrai e exalta pelo fastígio da glória o cobiçoso de glória. Naquela noite, enquanto dormia, apareceu-lhe alguém, chamando-o pelo nome a e conduzindo-o a um encantador palácio de uma formosa noiva, cheio de armas militares, a saber: brilhantes escudos e outros aparatos relacionados ao decoro da cavalaria, pendurados ao muro. Enquanto em silêncio admirava consigo mesmo o que era aquilo, perguntou de quem seriam aquelas armas que brilhavam com tanto esplendor, e o palácio tão encantador. Foi-lhe respondido que tudo aquilo, com o palácio, era seu e de seus companheiros. Acordando, levantou-se de manhã com ânimo alegre, pensando de modo mundano; como alguém que ainda não degustara plenamente o espírito de Deus que, segundo isso, devia tornar-se magnificamente um príncipe; interpretando a visão como presságio de grande sucesso, delibera empreender a viagem para a Apúlia, a fim de ser armado cavaleiro pelo mencionado conde. 8Tornou-se mais alegre que de costume, a tal ponto de responder a muitos que se admiravam e perguntavam donde vinha tamanha alegria: “Sei que hei de ser um grande príncipe”.
6. Certo indício de grande cortesia e nobreza precedera-o no dia imediatamente anterior à predita visão, o qual se crê que foi ocasião não pequena da mesma visão. Pois, naquele dia, dera a um cavaleiro pobre toda sua indumentária, cara e esmerada, que mandara confeccionar nova para si. Quando, pois, pondo-se a caminho, chegou a Espoleto em demanda da Apúlia, começou a sentir-se um pouco adoentado. No entanto, preocupado com sua viagem, quando se entregava ao sono ouviu, ainda semidormente, alguém perguntar-lhe aonde desejava ir. Tendo-lhe Francisco exposto seu plano completo, aquele acrescentou: “Quem te pode fazer melhor? O Senhor ou o servo? Ao responder-lhe: “O Senhor”, disse-lhe de novo: “Por que, pois, deixas o Senhor pelo servo e o príncipe pelo vassalo”? E Francisco disse: “Senhor, que queres que eu faça?” – “Volta para tua terra, diz ele, e te será dito o que deverás fazer, pois é necessário que entendas de outro modo a visão que tiveste”. Acordando, pois, começou a refletir diligentemente sobre esta visão e, assim como na primeira visão quase ficou todo fora de si de alegria, desejando sucesso temporal, assim, nesta, recolheu-se em si mesmo, admirando e considerando sua força com tanta diligência que, naquela noite, não quis mais dormir. Ao amanhecer, volta às pressas para Assis, sumamente alegre e jubiloso, na expectativa da vontade do Senhor que lhe mostrara estas coisas, e que por ele lhe fosse dado conselho sobre sua salvação. Mentalmente já transformado, recusa-se a ir para a Apúlia e aspira por conformar-se com a vontade divina.
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